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Sou o Jofa. Caminhar é conhecer, por isso, amigo leitor, pode comigo viajar à descoberta dos meus destinos e pelos percursos das minhas viagens, em pequenos apontamentos escritos, de lugares e acontecimentos,
Estamos já na região do Norte da Boémia e a emoção é cada vez maior, com a aproximação de Terezin.
Aqui estamos para uma visita a esta localidade cujo nome esteve associado, na Segunda Guerra Mundial, ao campo Gueto, no período compreendido entre 24 de Novembro de 1941 até 09 de Maio de 1945 .
Esta fortaleza demorou onze anos a ser construída e teve o seu início no ano de 1780. Chamava-se Theresienstadt, em alemão.
A sua estrutura é composta por uma Fortaleza Principal - de forma octogonal e onde se encontra a vila e a Pequena Fortaleza, de forma rectangular.
Vinte e nove quilómetros de corredores subterrâneos ligam estas duas construções.
As ruas, a grande praça central e a Igreja da Ressureição do Séc..XIX.
Tanto a Boémia como a Morávia estavam incluídas no Protectorado Alemão, e as medidas anti-semitas de Eichmann foram extremamente severas com o objectivo de purificar a raça ariana, exterminando os Judeus.
A pequena Fortaleza foi convertida num campo de concentração e a Fortaleza Principal foi transformada num gueto que servia de passagem para os outros campos de extermínio, campos de concentração e campos de trabalhos forçados, na Polónia, Bielorrússia e Estados Bálticos ocupados pela Alemanha Nazi.
Para aqui vieram combóios repletos de pessoas, mais de 130.000 pessoas. Morreram aqui uns 33.000 prisioneiros, sendo que outros tantos, mais de 80.000, foram enviados para outros destinos no Leste, onde numa solução final, encontraram a morte.
No dia 23 de Julho de 1944, uma equipa da Cruz Vermelha Internacional visitou, este lugar, ficando bastante impressionados com o bem estar dos seus habitantes Judeus e não Judeus .
. Daquilo que viram, a equipa concluiu que parecia haver harmonia como aquelea que existia entre povos de línguas diferentes, com uma grande actividade cultural (um grupo coral, orquestra, uma impressionate biblioteca) e uma actividade desportiva (voleibol e futebol) e até circulava o dinheiro, em notas própria para os prisioneiros.
A Cruz Vermelha Internacional foi por duas vezes ao Gueto de Terezin e nada viu de desumano, nesta cidade modelo que o Chanceler Alemão queria mostrar ao Mundo.
Este edifício, transformado no Museu do Gueto, guarda toda a tragédia da passagem dos Judeus por Terezin.
Pelo que resta da Fortaleza, caminhamos e silenciosamente nos vamos deixando ir pelo caminho que nos vai levar a ver o entardecer.
Alguns entardeceres como este, certamente, foram cumplices dos Alemães no extermínio de Judeus. Poderei dizer que a beleza encobriu muitas vezes o terror...
Memorial do Gueto de Terezin lembra que...
as cinzas de 22.0000 Judeus foram lançadas ao rio.
A minha voz embargada pela comoção, tristemente, caminho por estes lugares de grande terror e sofrimento, por onde passaram as cinzas transportadas pelo exército Alemão.
Entramos respeitosamente em silêncio no lugar mais aterrador e macabro. À luz da lua cheia, a noite dá-mos uma visão macabra da morte onde indiscriminadamente foram assassinados Judeus , cristãos e políticos.
Aqui é o Cemitério Judeu e a fotografia em baixo, o crematório.
Edifício que se vê é o Crematório.
Esta linha ferroviária transportou vida em carruagens vagão e depois levou-os para a morte em outros campos de extermínio.
É a zona do Columbarium, das salas funerárias e da Morgue
A noite de lua cheia partilhou comigo, uma parte do segredo macabro de Terezin: como foram fortes estes prisioneiros, fisíca e espiritualmente..
Uma angústia de uma permanente inquietação que me perturba, perante a vida e a morte, no terror de um campo de concentração ou de extermínio.
Finda a visita é tempo de retomarmos o percurso pois ainda temos mais alguns quilómetros a percorrer até á próxima localidade, onde iremos pernoitar.
Belas fotos! obrigado por compartilhar
Belas fotos! obrigado por compartilhar
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Gostei imenso da "visista guiada" com o ...
Ah! Não estava a relacionar as pessoas, agora já s...